vineri, 19 iulie 2013

SÓ ARES DE CON SENSO NO VELHO PAJÉ FODENDO SE VIA DE NOITE E DE DIA AO SOM DO BORÉ

Que tens, caralho, que pesar te oprime
que assim te vejo murcho e cabisbaixo
sumido entre essa basta pentelheira,
mole, caindo pela perna abaixo?
Nessa postura merencória e triste
para trás tanto vergas o focinho,
que eu cuido vais beijar, lá no traseiro,
teu sórdido vizinho!
Que é feito desses tempos gloriosos
em que erguias as guelras inflamadas,
na barriga me dando de contínuo
tremendas cabeçadas?
Qual hidra furiosa, o colo alçando,
co’a sanguinosa crista açoita os mares,
e sustos derramando
por terras e por mares,
aqui e além atira mortais botes,
dando co’a cauda horríveis piparotes,
assim tu, ó caralho,
erguendo o teu vermelho cabeçalho,
faminto e arquejante,
dando em vão rabanadas pelo espaço,
pedias um cabaço!
Um cabaço! Que era este o único esforço,
única empresa digna de teus brios;
porque surradas conas e punhetas
são ilusões, são petas,
só dignas de caralhos doentios.
Quem extinguiu-te assim o entusiasmo?
Quem sepultou-te nesse vil marasmo?
Acaso pra teu tormento,
indefluxou-te algum esquentamento?
Ou em pívias estéreis te cansaste,
ficando reduzido a inútil traste?
Porventura do tempo a destra irada
quebrou-te as forças, envergou-te o colo,
e assim deixou-te pálido e pendente,
olhando para o solo,
bem como inútil lâmpada apagada
entre duas colunas pendurada?
Caralho sem tensão é fruta chocha,
sem gosto nem cherume,
linguiça com bolor, banana podre,
é lampião sem lume
teta que não dá leite,
balão sem gás, candeia sem azeite.
Porém não é tempo ainda
de esmorecer,
pois que teu mal ainda pode
alívio ter.
Sus, ó caralho meu, não desanimes,
que ainda novos combates e vitórias
e mil brilhantes glórias
a ti reserva o fornicante Marte,
que tudo vencer pode co’engenho e arte.
Eis um santo elixir miraculoso
que vem de longes terras,
transpondo montes, serras,
e a mim chegou por modo misterioso.
Um pajé sem tesão, um nigromante
das matas de Goiás,
sentindo-se incapaz
de bem cumprir a lei do matrimônio,
foi ter com o demônio,
a lhe pedir conselho
para dar-lhe vigor ao aparelho,
que já de encarquilhado,
de velho e de cansado,
quase se lhe sumia entre o pentelho.
À meia-noite, à luz da lua nova,
co’os manitós falando em uma cova,
compôs esta triaga
de plantas cabalísticas colhidas,
por sua próprias mãos às escondidas.
Esse velho pajé de pica mole,
com uma gota desse feitiço,
sentiu de novo renascer os brios
de seu velho chouriço!
E ao som das inúbias,
ao som do boré,
na taba ou na brenha,
deitado ou de pé,
no macho ou na fêmea
de noite ou de dia,
fodendo se via
o velho pajé!
Se acaso ecoando
na mata sombria,
medonho se ouvia

o som do boré
dizendo: “Guerreiros,
ó vinde ligeiros,
que à guerra vos chama
feroz aimoré”,
— assim respondia
o velho pajé,
brandindo o caralho,
batendo co’o pé:
— Mas neste trabalho,
dizei, minha gente,
quem é mais valente,
mais forte quem é?
Quem vibra o marzapo
com mais valentia?
Quem conas enfia
com tanta destreza?
Quem fura cabaços
com mais gentileza?”
E ao som das inúbias,
ao som do boré,
na taba ou na brenha,
deitado ou de pé,
no macho ou na fêmea,
fodia o pajé.
Se a inúbia soando
por vales e outeiros,
à deusa sagrada
chamava os guerreiros,
de noite ou de dia,
ninguém jamais via
o velho pajé,
que sempre fodia
na taba na brenha,
no macho ou na fêmea,
deitando ou de pé,
e o duro marzapo,
que sempre fodia,
qual rijo tacape
a nada cedia!
Vassoura terrível
dos cus indianos,
por anos e anos,
fodendo passou,
levando de rojo
donzelas e putas,
no seio das grutas
fodendo acabou!
E com sua morte
milhares de gretas
fazendo punhetas
saudosas deixou.

duminică, 30 iunie 2013

A CRENÇA NO VALOR DAS PALAVRAS EM NOTAS VÃS COMO ELEMENTO CRIADOR É UMA CRENÇA VERDADEIRAMENTE BÍBLICA É COMO CRER NUM DEUS PAI DE SI PRÓPRIO E FILHO DE SI MESMO E COM AMIGOS VIRTUAIS A ACOMPANHAR AS BATATAS SÃO DE FACTO UMAS FÉRIAS EM NOTAS INFERNAIS


A internet é a cultura ou a kultur do efémero
estas notas de viagem escritas em libras de chipre são como retalhos do jornal
da noute ou do dia passado e descartado de notícias frescas
o fim do século XX e o início do XXI é o século do escapismo von marvel comics
é de facto um escapismo infantil
escrever notas em grafite virtual
e acusar outros de o fazerem em tintas aparentemente mais sólidas

A CRENÇA NO VALOR DAS PALAVRAS COMO CRIADORAS DE EXISTÊNCIA É BÍBLICA FIAT LUX E NÃO CORRAS VAIS VER O BURACO NEGRO QUE APANHAS WORDS DON'T COME EASY ICOMESCOMES

marți, 5 februarie 2013

Ah as élites comendo Kafka en petites dentadas canibais e bebendo Marx en leves goles e golos in cultural facebook heaven of all books

um éden onde oliveiras dão à costa del sol ou del oro

onde o BPN é um caso cultural evidentemente

onde um homem Manso e neto de mansos era inculto e energeticamente renovável

onde exames de carácter dão cartões amarelos ou vermelhos de créditos culturais

em estadias luxuosas e cueca de fio dental cultural no bolso de maestro

c'est cul tu royal

acho bem que se arranje uma elitezinha que viva da cultura subsidiada pelos pobres incultos

aqui no deserto cultural prosperam os oásis culturais

e as ruínas culturais com curadores e administradores

nesta favela cultural global

agente acha bem a construção a crédito duma classe média muito muito baixa

que gaste o que não tem em cultura cara pró caraças ou pró caralho em sabores vários

e gel cultural lubrificante fosforescente que lhes ilumine as almas de músculo liso e não estriado

cá por mim afoguem-se em cultura a bem da nação

the way some people have sexual relations with kultur or cultural intercourse is atrás boss

como diz Josué de Castro no ciclo do caranguejo entra caranguejo sai comida pra caranguejo